O que Deus uniu
Maiara Pires
Acerca
do casamento, o livro de 2 Coríntios 7.15 diz que Deus “chamou-nos para a paz”,
certo?
Então, por que existem tantos casamentos em que marido e mulher vivem em
pé de guerra?
Não que a vida a dois seja sempre um "mar de rosas". É claro que haverá divergências. Mas, no fim das contas, tudo fica (ou deveria
ficar) em paz.
O
próprio apóstolo Paulo lembra isso em 1 Coríntios 7.28:
“Mas, se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca. Todavia os tais terão tribulações na carne, e eu quereria poupar-vos”.
Aliás, Paulo defendia que “bom seria que o
homem não tocasse em mulher” (1 Coríntios 7.1), referindo-se aos costumes da
época de um mesmo homem viver com várias mulheres.
“Mas, por causa da fornicação, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido” (1 Coríntios 7.2).
Veja o
que a Bíblia diz em 1 Coríntios 7.3:
“O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido”.
Mas ao invés disso, o que
se vê na vida de muitos casais é, justamente, o contrário. Quando não é a
mulher que só sabe pisar no homem é o homem que só sabe pisar, humilhar a
esposa. Brigas e discussões intermináveis.
Aí vem
os homens religiosos utilizar o versículo 19.6 de Mateus pra dizer que aquele
casal que não consegue se entender tem que viver assim para o resto da vida
porque “o que Deus ajuntou não o separe o homem”.
E é
verdade o que a Bíblia está dizendo. Mas, quem garante que foi Deus quem uniu?
Aliás, o
homem tem o livre arbítrio. Deus não interfere nas nossas escolhas. Se você
decide se envolver com determinada pessoa, isso é uma escolha sua e Deus não
tem nada a ver com isso.
A menos que você ore e espere em Deus uma pessoa
pra você se casar. Porém, para que vocês tenham um casamento abençoado, os dois
precisarão obedecer ao evangelho.
Se você não consegue ter paz no seu casamento, já é um indício de que
esse matrimônio não é de Deus e você não é obrigado (a) a viver assim.
Contudo,
se você é cristão ou cristã e o seu marido ou esposa não quer nada com Jesus e,
mesmo assim, ele ou ela quer continuar com você, ore por eles. Busque o
Espírito Santo para que Ele os convença do pecado, da justiça e do juízo.
É o
que diz a palavra:
“E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos” (1 Coríntios 7.13-14).
Agora,
se você é cristão ou cristã e o seu marido ou esposa, não quer mais nada com
você, você não pode obrigá-lo (a) a fazer a sua vontade. E muito menos orar
para que o Espírito Santo faça ele ou ela gostar de você.
Deixe a pessoa seguir o caminho dela que Jesus vai cuidar de você. Lembre-se
desse convite:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30).
Até,
porque, o apóstolo Paulo, ainda orientando a igreja de Corinto, disse:
“Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz” (1 Coríntios 7.15).
Não
estou aqui estimulando a separação dos casais, mas, quero provocar a reflexão
acerca dos sofrimentos decorrentes de uma vida conjugal que não esteja em
conformidade com o evangelho.
Então,
se você quer ter paz no seu casamento e quer que ele seja abençoado, os dois
terão que obedecer aos ensinamentos de Cristo, do contrário, vocês viverão em
pé de guerra para o resto da vida.
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