Os escolhidos


“Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” Apocalipse 19.9

Maiara Pires

"Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos" (Mateus 22.14).

Antes de qualquer coisa é importante lembrar que esse versículo finaliza a parábola das bodas que Jesus contou. Ele comparou o Reino dos Céus a certo rei que celebrou as bodas de seu filho. E enviou os seus servos a chamar os convidados para aquele evento, mas estes não quiseram ir.

Quem são chamados: os convidados.

Quem são convidados: os íntimos, os conhecidos.

Para que os convidados são chamados: para sofrer as aflições de Cristo e receber como recompensa a coroa da vida.

Jesus não obriga ninguém a carregar a sua cruz. Ele precisa de ajuda para carregá-la, mas não abre a boca para pedir, mesmo sofrendo. Veja: 

"E, quando saíam, encontraram um homem cireneu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz" (Mateus 27.32).



É uma figura. Nos dias de hoje, é isso o que acontece dentro das igrejas. As pessoas são constrangidas a levar a cruz de Jesus, ao invés de serem ensinadas que, para poder suportar as aflições de Cristo, é preciso amar.

Foi o que Jesus fez: Ele só suportou a cruz porque amou o mundo (os homens) de tal maneira que foi capaz de entregar a própria vida para nos salvar. 

Foi esse amor que gerou o sentimento de misericórdia, de compaixão por cada um de nós e fez com que Ele não se importasse com o peso daquele madeiro.

Mas o que é a cruz de Jesus: a renúncia do mundo. E a cruz daqueles que decidem seguir Jesus é a renúncia do próprio eu: 

“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lucas 9.23).

A cruz de Jesus se torna pesada quando a pessoa não consegue viver pelo Espírito. 

“Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gálatas 5.17).

E ao renunciar o próprio eu, o Espírito Santo ajuda em toda a nossa fraqueza e conseguimos aprender que o jugo de Jesus é suave e o seu fardo é leve. 

“Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados” (1 João 5.3).

Observe que, no chamado de Jesus para participar das bodas do Cordeiro, quem escolhe sofrer as aflições de Cristo é cada um que recebe o convite.

Nesta parábola das bodas as pessoas que o rei mandou convidar deram uma justificativa para não ir. Cada um estava ocupado com alguma coisa. 

Não é assim que acontece quando você convida alguém para ir até sua casa participar de algum evento? Quem escolhe ir ou não, é o convidado.

Ou seja, não é Deus quem separa os escolhidos, pois Ele não faz acepção de pessoas. 

"Porque graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens" (Tito 2.11).


Os escolhidos são aqueles que, voluntariamente, aceitam padecer por Cristo e amam a vinda do Senhor Jesus. E querem viver para sempre com o Pai das luzes.


"Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada" (Romanos 8.18).

Aceitar o convite para ser participante das aflições de Cristo nos credencia a participar das bodas do filho, sendo a nossa recompensa, a vida eterna.

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