Peso de glória


O apóstolo Paulo se deixava gastar pela igreja porque trazia consigo a certeza da vida eterna. Assim como Jesus, ele também queria que todos acreditassem no reino dos céus

Maiara Pires

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2 Coríntios 4.17-18).

Se hoje conseguimos acreditar que tudo vai ficar bem, é porque o Espírito Santo nos animou. A impressão que se tem é que a aflição não terá fim. Sempre existirá a dúvida se realmente os tempos trabalhosos vão passar.

Na verdade, o tempo que nos resta na carne será de sofrimento por amor a Cristo. Mas um sofrimento que produz para nós um eterno peso de glória. 

Peso esse que o apóstolo Paulo estava disposto a carregar por tanto amor que consumia a sua alma pela igreja de Deus:

“Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja” (Colossenses 1.24).

Regozijar-se por sofrer pela igreja de Deus? É isso mesmo. Alguém consegue explicar a paixão de Cristo? 

♪ E olhar nos olhos de quem tanto mal lhe fez e sem ressentimento oferecer perdão

Pois, é. Jesus padeceu na carne por amor à igreja. Não, eu não consigo explicar. Nem o apóstolo Paulo conseguiu nas suas cartas. 

O que se sabe pelos seus escritos é que ele nutria o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus: a compaixão, o altruísmo (não se importar consigo por amor ao próximo).

Paulo trazia consigo a certeza da vida eterna e, assim como Jesus, ele também queria que todos acreditassem no Reino que o Pai veio anunciar. 

Era o que o movia a prosseguir para o alvo sem esperar nada em troca, sem esperar o reconhecimento daqueles por quem padecia. 

“Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado” (2 Coríntios 12.15).

Ele não se importava de sofrer pela igreja de Cristo. 

“E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor” (2 Timóteo 2.24).

Mesmo sofrendo e não conseguindo explicar tão grande amor pelos irmãos, o apóstolo Paulo sempre nos anima falando da alegria que sentia, mesmo padecendo por anunciar o evangelho.

“Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis” (1 Pedro 4.13).

Alegria: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14.17).

♫ Tua alegria em minha vida / Me fortalece a cada novo dia

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