O caminho da fé


♫♪ É preciso molhar os pés pra que o milagre aconteça ♫♪

Maiara Pires

“Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos 5.1-5).

O apóstolo Paulo começa o capítulo 5 da sua carta aos Romanos falando do orgulho na esperança da glória de Deus, ou seja, da vida eterna que está reservada nos céus para nós. 

E, logo depois, ele enumera uma sequência de situações que devemos passar para que, então, possamos alcançar a esperança para ter entrada a esta graça.

Ora, mas o que vem a ser esperança? Segundo o Dicionário Online de Português, significa: “Confiança de que algo bom acontecerá (...). Espera baseada na possibilidade de que um desejo se torne realidade”.

Considerando que a nossa esperança é ver o Senhor Jesus Cristo ressurreto e morar para sempre com Ele nas moradas celestiais, pode-se afirmar que, esperar, também consiste no firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem (Hebreus 11.1).

Viver pela fé é viver acreditando no invisível e se alegrando com esta esperança dia após dia. Aliás, veja o que ela produz para aqueles que creem: 

“Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso, alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma” (1 Pedro 1.8-9).

Esta esperança produz uma alegria indescritível, como bem Jesus falou aos discípulos antes de ser crucificado: 

“Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará” (João 16.22).

Os passos da fé


Para chegar a essa firmeza de conseguir viver sem ser abalado pelos problemas, aguardando a bem-aventurada esperança e aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, existe um caminho a percorrer.

Primeiro Paulo fala que devemos nos gloriar nas tribulações porque ela vai produzir a paciência. Analise bem, Paulo está dizendo que a tribulação é produtiva. E não é só essa vez que ele fala isso.

Veja como ele repete com outras palavras mais adiante: 

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas" (2 Coríntios 4.16-17).

Além de repetir que a tribulação é produtiva (“produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”), mais uma vez, ele se refere ao viver pela fé: “não atentando nós nas coisas que se veem” (os problemas, as aflições), “mas nas que se não veem” (a esperança da vida eterna). 

Porque aquilo que se vê, logo passa. Mas, o que não se vê, permanece para sempre.

E Paulo ainda diz mais aos Coríntios: 

“(...) De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte” (2 Coríntios 12.9-10). 

Ele nos ensina a dar graças a Deus pelas nossas fraquezas.

Depois que você deu o primeiro passo de fé, colocando o pé na água (no mar de tribulações), o segundo passo é aperfeiçoar a paciência, a qual é produzida, justamente pela tribulação. 

E a paciência é uma virtude de Deus que precisamos obter para alcançar a vitória. Veja: 

“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa” (Hebreus 10.36).

O terceiro passo de fé, é a experiência que será obtida por meio da perseverança. Quando você persevera na doutrina de Cristo e exercita a sua paciência, nem vê o tempo passar. Nem percebe se a estrada é longa ou não porque o Espírito Santo caminha com você lado a lado.

É assim ou não é quando está andando sozinho? Parece uma eternidade para chegar ao destino. Agora, experimenta ir com outra pessoa para ver se não chega rapidinho. 

Esse é o motivo pelo qual Paulo chama a nossa tribulação de “leve e momentânea”. Pois ela durará o tempo suficiente para adquirirmos a experiência necessária.

Depois que a tribulação produziu a paciência e a paciência, a experiência, o quarto passo é o da esperança, a qual “não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos 5.5).

E depois...

 
Sabe por que precisamos percorrer esse caminho para viver da esperança da vida eterna? Porque Jesus disse: 

“na vossa paciência possuí a vossa alma” (Lucas 21.19). 

O Espírito Santo de Deus só vai se sentir à vontade dentro de nós se estivermos calmos, quietos. No entanto, enquanto estivermos aflitos, abatidos, oprimidos, os seus ouvidos estão atentos e inclinados para o nosso pedido de socorro.

O Pai está sempre pronto para nos ajudar na nossa fraqueza. Porque, depois de percorrermos esse caminho de fé, “o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá” (1 Pedro 5.10).

Ele mesmo é quem vai nos capacitar para buscarmos as bênçãos diretamente das suas mãos, para que não sejamos confundidos com os deleites do mundo e perdermos a nossa coroa que está guardada nos céus.

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