O papel de um filho de Deus


Jesus veio ensinar os homens a rogarem ao Pai pela salvação da humanidade

Maiara Pires

“E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim” (João 17.20).

Ah! Se não fosse a oração do Filho de Deus por mim e por você... O que seria de nós?

A Bíblia relata que antes de Jesus ser preso no Getsêmani, ele foi orar. Mas, antes de orar, ele começou a angustiar-se muito e a sua alma estava triste até à morte. 

Sabe por quem ele estava triste e angustiado? Por mim e por você. Porque ele não queria que ninguém perecesse.

Por isso que ele orou, não somente por quem estava vivendo naquele tempo, mas também por aqueles que um dia viessem a crer na palavra da verdade do evangelho em qualquer tempo, motivo pelo qual eu e você fomos alcançados nos dias de hoje.

Perceba que em vários momentos da sua peregrinação aqui na terra Jesus dizia que veio até este mundo fazer a vontade do Pai: 

“(...) porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou” (João 5.30).

E qual é a vontade de Deus? Que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (1 Timóteo 2.3-4). 

“E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia” (João 6.39).

A vontade de Deus é que todos sejam alcançados com a promessa da vida eterna. É levar todos os homens para o Reino dos Céus. 

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (João 14.1-3).

Então, Jesus (o Verbo, o próprio Deus) se fez carne para ensinar os homens a como ser filhos de Deus. Ou seja, como fazer a vontade do Pai. 

Tanto que ele começa ensinando como se deve dirigir a Deus citando como modelo a oração do Pai nosso (Mateus 6.9-13). 

Perceba, então, que o papel de um Filho de Deus é interceder pelos homens ao Pai, para que todos sejam salvos.

E em que momento nos tornamos filhos de Deus? Quando nascemos de novo nas águas do batismo, ocasião em que deixamos de ser criaturas e recebemos o poder de sermos feitos filhos de Deus. 

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1.12-13.).

Portanto, como filho de Deus, o  nosso papel é orar pelos que ainda não estão salvos. Num dos seus sermões, Jesus disse: 

“(...) Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5.44).

Se alguém te fez mal, te caluniou, te maltratou, não pague com a mesma moeda. Ore por essa pessoa. 

Olhe para ela com os olhos de Cristo, de compaixão, de misericórdia, por ainda não ter conhecido o amor de Deus. 

Faça como Jesus que, no momento em que os seus algozes o crucificavam, rogou ao Pai dizendo: perdoa-os porque não sabem o que fazem.

Uma vez nascido de novo nas águas do batismo, você se tornou espiritual. Logo, não pode mais andar segundo a vontade da sua carne. 

Porque Deus é espírito (João 4.24). E se ele é espírito, os seus filhos também têm que ser espirituais e não carnais. 

“Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?” (Hebreus 12.9).

Quando João declara que recebemos o poder de sermos feitos filhos de Deus, ele está se referindo à potência máxima de Deus para que possamos obedecer à sua palavra. 

“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Romanos 8.14-15).

Recebemos o Espírito Santo (que é o próprio Deus) para vivermos como filhos do Pai celestial. 

É esse Espírito que vai interceder por nós e rogar pelos homens (através de nós) para se libertarem de tudo o que os impede de chegar ao conhecimento da verdade e se salvarem. 

“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26).

É esse Espírito que vai gerar em nós a compaixão pelas almas que - sem saber - vão chorando pelo mundo por não participarem da salvação. 

Almas que vão gemendo aguardando a manifestação dos filhos de Deus para serem libertas da escravidão do pecado:

Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Romanos 8.19-23).

Mas, tudo isso só é possível quando nos esvaziamos completamente do nosso eu eu, daquilo que achamos que somos, para que possamos ser preenchidos pelo Espírito Santo e viver por Ele e para Ele. 

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.5-8).

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