Nocauteando o inimigo
Maiara Pires
“(...) cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Filipenses 2.3).
Sabe uma
forma bastante eficaz de crucificar a própria carne e considerar os outros
superiores a si mesmo?
Sentindo as próprias misérias (Tiago 4.9) e se
reconhecer como não merecedor do amor e do cuidado de Deus, mas, digno do Reino
pelas aflições padecidas para alcançá-lo (2 Tessalonicenses 1.5).
Veja o que a palavra diz em Tiago 4.9:
“Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza”.
Podemos entender como um convite para abrir os olhos espirituais e enxergar para onde a nossa carne (vontade própria) vai nos levar. Um convite a olhar o mundo e os seus prazeres
com lamento.
Um convite a prantear por querer estar com Cristo, mas saber que ainda tem
muitas almas para serem salvas. Ao fazermos isso, podemos descobrir que o nosso pior inimigo não é
ninguém além de nós mesmos.
Mas é preciso ter equilíbrio para separar as coisas. Todos nós precisamos de
amor próprio - o que não tem nada a ver com supervalorizar o próprio eu, ser
narcisista.
Ter amor próprio significa amar a nova criatura gerada pela
palavra de Cristo Jesus (I Pedro 1.23). Esta, sim, nós temos que amar. O novo
eu criado em verdadeira justiça e santidade (Efésios 4.24).
Pois o
novo eu é o próprio Senhor Jesus como bem lembra o apóstolo Paulo:
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2.20).
Até,
porque, a Bíblia diz que nós somos o templo do Espírito Santo e que não somos
de nós mesmos (I Coríntios 6.19). Logo, não vamos maltratar a nossa própria
carne:
“Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja” (Efésios 5.29).
Quando Jesus declara: “O espírito é o que vivifica, a carne para
nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida” (João 6.63), podemos entender também como uma referência aos prazeres, à vontade própria, que leva o homem ao
abismo:
“Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14.12).
Crucificar
a própria carne e reconhecer que ela não serve pra nada é deixar de fazer a
vontade dela e obedecer a Deus.
“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gálatas 5.16-17).
Aí alguém pode perguntar: "O que eu ganho deixando de viver a minha
vida?"
O apóstolo Paulo responde:
“Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Romanos 8.6).
Num
primeiro momento é sempre desconfortável fazer o que não quer. Mas depois compreendemos a necessidade e importância de ir contra a própria vontade
e obedecer a Deus. Temos vida e paz e caminhamos com confiança
sobre o mar de tribulações.
“Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este mesmo pensamento, que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado. Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (1 Pedro 4.1-2).
Perceba,
então, que viver por Cristo é padecer na carne.
“Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele” (Filipenses 1.29).
Padecimento este que redundará em muitas
graças pela certeza do reino dos céus e esperança da vida eterna. Sim, vai
valer a pena:
“Alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma” (1 Pedro 1.9).
Mas não
fique triste achando que essa promessa está longe de ser alcançada. Quando você
se permite andar em Espírito e não cumprir a concupiscência da carne, o reino
dos céus fica a um passo da fé.
E o melhor de tudo: a nossa tribulação se torna
leve, momentânea e produtiva:
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2 Coríntios 4.17-18).
Não viva
do imediatismo, tenha paciência. Confie e espere em Deus que todas as coisas
vão se encaixando e se resolvendo no tempo certo.
"Comece a olhar o mundo e os seus prazeres com lamento. Pranteie por querer estar com Cristo, mas saber que ainda tem muitas almas para serem salvas"
ResponderExcluirAmém, e é o que a palavra diz lá em Filipenses, a partir do versículo 22.
Muito bom o post, minha querida!Que Deus continue abençoando sua vida.
Isso mesmo, amigo. "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne" (Filipenses 1.21-24).
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