Provai-vos a vós mesmos

A tribulação vem para revelar a nossa verdadeira personalidade

Maiara Pires

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele” (João 14.21).

Já parou pra pensar de que forma você tem provado o seu amor a Deus? O evangelho ensina que não devemos amar “de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1 João 3.18). 

Um detalhe importante: amar a Deus não se resume à pessoa de Cristo Jesus (o Verbo que se fez carne), também tem a ver com amar ao próximo: 

“E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão” (1 João 4.21).

Jesus colocou uma condição para que o homem prove, para a si mesmo, se ele realmente ama a Deus: aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que o ama. 

Mas, por que Ele fez isso? Porque Ele sonda os corações e sabe quando estamos mentindo ou falando a verdade. 

O homem, porém, não conhece a si mesmo:

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9).

Ter os mandamentos do Pai e guardá-los significa colocar em prática o que Jesus ensinou:

“Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito” (Tiago 1.25).

E o momento propício para provarmos a nós mesmos que realmente amamos a Deus é na tribulação. Ela vem para mostrar a nossa verdadeira personalidade. 

É nessa hora que vamos colocar a nossa fé em ação e desafiar a nossa natureza pecaminosa obedecendo ao evangelho. 

“Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2 Coríntios 13.5).

Ao enxergarmos o nosso verdadeiro eu, fica mais fácil de renunciar a nós mesmos. Pois, reconheceremos o quanto ainda somos falhos, fracos e precisamos da misericórdia de Deus. 

Sentiremos as próprias misérias e compreenderemos a dimensão do que Cristo declarou aos discípulos: 

“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita [...]” (João 6.63).

Olharemos para dentro de nós e enxergaremos o sepulcro caiado que tem lá. E ao invés de viver a nossa vida, desejaremos viver a vida de Deus: 

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2.20).

Deus, já provou para nós o quanto nos ama, derramando o seu sangue na cruz, quando ainda éramos pecadores (Romanos 5.8). Agora é a nossa vez de provar o nosso amor, por meio da obediência a Ele.