Alma, por que te perturbas?


Jesus ensina a preenchermos a lacuna do nosso viver com a presença de Deus


Maiara Pires

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30).

Devemos ter zelo e cuidado pela nossa alma. Uma alma não cuidada, não alimentada, não consegue ficar na presença de Deus. 

Ela não consegue resistir à vontade da carne, por não estar suficientemente nutrida com o pão vivo que desceu do céu, o verdadeiro alimento que dá vida ao homem.

Jesus ensina a preenchermos as lacunas do nosso viver com a presença de Deus. Só através dele conseguimos encontrar repouso para a nossa alma. 

Para alcançar esse repouso, é necessário compreender que existe um caminho a percorrer. Caminho este marcado pela renúncia do próprio eu.

“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lucas 9.23). 

Será quando, finalmente, entregaremos os nossos pontos a Deus e nos renderemos à sua vontade.

Tudo porque, não existe libertação sem autoconhecimento. A respeito disso o apóstolo Paulo escreveu: 

“Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2 Coríntios 13.5).

Ainda sobre autoconhecimento, Jesus contou a parábola do filho pródigo, mostrando que o alívio e o refrigério só vieram depois que o filho mais moço “caiu em si”, reconhecendo que havia procedido mal aos olhos do pai ao sair de casa vivendo dissolutamente. 

O filho pródigo só voltou para casa depois que se arrependeu, depois que olhou para si mesmo e enxergou as próprias fraquezas.

É de se concluir, portanto, que a satisfação da carne, ou seja, o desejo do próprio eu é o nosso maior jugo. É um fardo pesado facultado a nós carregá-lo. 

Então, retiremos o jugo, deixemos o fardo e corramos para os braços do Pai para aprendermos a ser mansos e humildes de coração.

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