O excesso de bagagem


Você não precisa viajar com a mala pesada do seu passado. Leve o suficiente e jogue o que não precisa no mar do esquecimento

Maiara Pires

Somos peregrinos e forasteiros. Estamos de passagem nessa terra. Viajantes. Mas cada um segue o seu caminho. Direções diferentes. Cristo nos oferece um caminho: Ele mesmo, para chegar ao reino dos céus. E nos oferece uma boa viagem. 

Da janela, contemplamos os detalhes do percurso. Somente um olhar clínico para distinguir que até mesmo as pedras do caminho, fazem parte desse trajeto – nem que seja para darmos uma pausa e checar o "mapa", para saber se estamos indo na direção certa.

Essa janela, por onde contemplamos o percurso, são os nossos olhos. A forma como enxergamos “o caminho, a verdade e a vida”. Como enxergamos Cristo. Como enxergamos o evangelho. 

Para isso, Jesus nos oferece um recurso infalível para iluminar os trechos escuros do caminho e contemplar a viagem com outros olhos: a.

“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé” (Romanos 1.17). 

Andamos por fé e não por vista


A partir do momento em que passamos a olhar tudo pelos olhos da fé, conseguimos identificar o que Deus preparou para nós: 

"Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (1 Coríntios 2.9-10).

E seguimos adiante sem olhar para trás: 

“Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.13-14).

Mas, convenhamos, que não dá para aproveitar a viagem com muita bagagem, com a mala pesada do nosso passado. 

"Tem gente que está carregando e sobrecarregado, sendo oprimido e escravizado com as lembranças do que passou. Está se condenando com a própria consciência. Não compreendeu que as coisas velhas já passaram e que tudo novo se fez, quando deixou a velha criatura sepultada nas águas do batismo. Não entendeu que Deus joga tudo no mar do esquecimento", diz o pastor Fábio Saraiva.

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5.17). 

Não adianta só nós estarmos em Cristo. Ele também tem que estar em nós. As obras dele precisam estar manifestas em nós, pelo fruto do Espírito: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gálatas 5.22). 

Esses são os nutrientes necessários para suprir a necessidade de alimento do nosso espírito para mantê-lo fortalecido praticando as mesmas obras de Cristo, ensina o pastor Fábio.

Como saber se Cristo está em nós? 


O pastor Fábio fala que uma das formas é verificar se ainda temos prazer no passado. 

"Se sentimos saudade das obras infrutuosas que tínhamos, decerto Ele não está em nós", avisa. 

Mas, principalmente, se a nossa prática não condiz com o que professamos, então é necessário rever se realmente queremos continuar na jornada do reino dos céus, do que ficar se enganando com falsos discursos.

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