A apostasia



Quando nos afastamos do caminho da luz nos tornamos insípidos porque deixamos de ser o sal da terra

Maiara Pires

Quando o Espírito Santo percebe que estamos nos afastando do caminho da luz que nos levará ao reino dos céus, Ele começa a dar sinais de alerta tentando se comunicar conosco de várias formas. Porém, quanto mais estivermos na carne, menos conseguiremos perceber o toque do Espírito ou ouvir a Sua voz.

Por esse motivo que há uma grande necessidade de fortalecermos o nosso espírito em todo o tempo. 

“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gálatas 5.16-17).

Sabendo dessa necessidade, o apóstolo Paulo não cessava de orientar as igrejas nas suas cartas e, demonstrava a sua preocupação com a apostasia dos irmãos, ou seja, o esfriamento na fé. 

“Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Coríntios 11.2-3).

Paulo temia que os sentidos dos irmãos fossem corrompidos e, como consequência, eles se afastassem de Deus. Pois, quando isso acontece, chegamos ao ponto de perder o sabor pela vida eterna. 

E sem a graça de Deus, nos tornamos insípidos porque deixamos de ser o sal da terra. Perdemos a sensibilidade e nada mais acontece quando estamos na presença de Deus, não sentimos mais o Espírito Santo nos tocando. 

Não conseguimos mais ouvir a voz de Deus nos guiando pelo caminho que devemos andar. Não exalamos mais o bom perfume de Cristo, a fragrância do seu conhecimento. E não vivemos mais pela fé porque a visão do reino dos céus foi ofuscada pela glória desse mundo ou pelo desespero diante das aflições.

Mesmo com os nossos sentidos se corrompendo, Cristo não desiste de nós. Ele sempre nos aguardará de braços abertos para nos ajudar a permanecer no caminho das moradas celestiais. Entretanto, Ele deixa inteiramente nas nossas mãos a decisão de seguir adiante preservando o nosso livre arbítrio:

“E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia” (João 12.47-48).

Por essa declaração de Jesus aos discípulos relatada pelo apóstolo João, fica evidente que Deus nunca fará mal a quem quer que seja, para segui-lo. Ele nunca obrigará ninguém a fazer isso. Diferente do que se costuma ouvir de que Deus pesará a mão ou colocará enfermidade em alguém para que a pessoa o aceite.

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