Livre arbítrio


A escolha de fazer a própria vontade ou viver os desígnios de Deus é um poder que só cabe a nós

Maiara Pires

“Se o Senhor se agradar de nós, então, nos porá nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel” (Números 14.8).

Quantos de nós não fazemos planos? Traçamos metas. Contabilizamos custos. Fazemos ajustes no percurso. E seguimos em frente como numa locomotiva. 

Há também quem não faça planos e deixa a vida o levar. Em ambos os casos, o que prevalece é o livre arbítrio, isto é, o poder de escolha. A escolha de fazer a própria vontade ou viver os desígnios de Deus.

O que poucas pessoas compreendem é que o livre arbítrio dado por Deus é uma maneira de reconhecermos a sua grandiosa simplicidade no nosso viver. É uma forma de Ele se revelar aos homens como galardoador daqueles que o buscam (Hebreus 11.6).

Já adverte o livro de Provérbios 3.5-7: 

“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal”.

É como aquele pai que ensina a criança no caminho em que ela deve andar. Mostra porque a criança/adolescente/jovem tem que estudar, até que o filho se conscientiza e, por conta própria, resolve se dedicar aos estudos para alcançar o seu sonho.

No caso do Pai celestial, o bom desejo do seu coração é que todos se salvem e venham ao conhecimento da verdade (1 Timóteo 2.4). É que tenhamos o mesmo desejo que ele tem de viver com cada um de nós no reino que Cristo foi preparar:

“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (João 14.2-3).

Deus quer que, assim como Ele, também desejemos habitar nesta cidade.

“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu” (2 Coríntios 5.1-2).

Se o homem compreendesse que o que Deus quer é apenas se agradar de nós, haveria menos frustrações no percurso da locomotiva. 

Se o homem compreendesse que tem um Pai que se preocupa com cada passo que dá, ouviria mais atentamente a sua voz para não errar o caminho.

Compreenderíamos, então, porque a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Romanos 12.1). 

“Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaías 55.9). 

E o reconheceríamos em cada passo que déssemos usando com sabedoria o nosso livre arbítrio. 

“Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará” (Salmos 37.4-5).

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