O que gera o arrependimento
Maiara Pires
“Porque o amor de Cristo nos constrange (...)” (2 Coríntios 5.14).
A
ausência do amor de Cristo no ser humano, endurece o seu coração a tal ponto,
que ele pode ouvir mil vezes a mesma coisa sobre o que é certo, que não irá
conseguir enxergar o próprio erro.
“E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mateus 7.3-5).
Sabe o
que esta pessoa vai fazer? Julgar, condenar, culpar. Mas não aprendestes assim
a Cristo. Veja:
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós” (Mateus 7.1-2).
E tudo
isso acontece por uma razão muito simples: quando o homem não ama. Pois quando
amamos a Cristo, nos constrangemos.
E, ao nos constranger, não retornamos para
trás porque o nosso alvo é Cristo, o autor e consumador da fé.
Quando
amamos o Senhor Jesus, ficamos com vergonha do nosso próprio eu, da nossa
natureza pecaminosa. Sentimos as próprias misérias, lamentamos, choramos.
Consideramo-nos indignos de tão grande salvação e não reclamamos por padecer
injustamente, sabendo que estaremos seguindo as pisadas do Mestre.
“Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente” (1 Pedro 2.19).
“Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente” (1 Pedro 2.21-23).
A pessoa
que não ama, não se envergonha do seu pecado. Não deixa que o Espírito Santo
guie a sua vida e ponha um freio na própria boca.
“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo” (Tiago 3.2-3).
É
interessante notar que o discurso de Jesus não apontava para o pecado. O
discurso de Jesus era a respeito da verdade. Ele fazia questão de mostrar ao
homem aquilo que é verdadeiro.
“E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 João 5.20).
O Mestre
fazia questão de mostrar a verdade, por saber que o homem já nasce pecador:
“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmos 51.5). Por isso que Ele não precisava ficar apontando os erros de ninguém.
Semelhantemente,
nós, também não precisamos acusar quem quer que seja.
“Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo” (Romanos 2.1).
Não
precisamos acusar porque o amor de Deus, uma vez gerado na pessoa, irá
constrangê-la a não errar mais.
Pois, ao invés de culpar o seu semelhante, ela
vai se sentir culpada. Ela vai querer viver para agradar a Deus.
E a
primeira coisa que essa pessoa vai fazer é examinar a si mesma.
“Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2 Coríntios 13.5).
Perceba,
então, que nós fomos chamados para compreender e não julgar.
“Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado” (Mateus 12.36-37).
Portanto,
reconheça as suas fraquezas diante de Deus para que ao tempo Dele, você seja
exaltado. Ame mais e fale menos.
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