O cuidado de Deus no deserto

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Bispo Luciano Nascimento

Você já parou para pensar por que, às vezes, você está em uma reunião de adoração a Deus e não consegue se alegrar?

Por que mesmo no meio da adoração, sua mente insiste em lembrar só daquilo que você perdeu ou do que ainda está precisando?

É como se o coração ficasse preso em dores, contas, enfermidades, medos, decepções.

Mas eu quero te convidar hoje a fazer um exercício diferente: lembrar dos livramentos que Deus já te deu.

É impossível não se alegrar quando você lembra de quantas vezes Deus te livrou: do filho que Ele tirou da UTI; da cura que Ele te proporcionou; do tombo que Ele não deixou você levar; daquele momento em que Ele te sustentou como um Pai carrega o seu filho.

A gente se alegra porque enxerga o cuidado de Deus não só nos dias bons, mas, principalmente, quando estamos caminhando no deserto. 

Nos cenários mais difíceis, percebemos o zelo do Pai: quando as armas dos seus inimigos não prosperam; quando as ciladas do diabo não te alcançam. Isso é cuidado de Deus! 

Ele te dá escape no meio da crise. Ele te livra de coisas que você nem percebe. Isso é cuidado de Deus!

Portas que Ele não deixa você abrir. Mesas em que Ele não permite que você se sente. Isso é livramento de Deus!

Quantos negócios, empresas ou planos fecharam — e você não entendeu na hora? Talvez você tenha chorado, ficado frustrado e questionado: “Por que Deus deixou isso acontecer?”

Mas hoje você já consegue agradecer porque viu que era uma cilada, um caminho de destruição. E ele te livrou, por quê?

Deus viu o que você não viu. Ele ouviu o que você não ouviu. Em outras palavras: Ele te arrancou de lá por amor!

Se for preciso, Deus te tira de ambientes ou relacionamentos que te fariam mal, porque Ele te ama.

Na hora, você pode não entender e ter a impressão de que Ele está sendo injusto com você. Mas depois você vai agradecer e perceber que era zelo.

O lugar mais seguro para você estar quando corre perigo é na presença de Deus. Mas cuidado com os  momentos de conforto. Porque você pode estar correndo um perigo muito maior. 

Por isso, às vezes, Ele nos leva para o deserto: para nos pressionar; nos forçar a voltar para o caminho; nos fazer orar, jejuar, ler a Palavra e manter acesa a chama.

Jesus venceu o diabo no deserto. Cresceu e prosperou no deserto. Adão pecou e perdeu tudo no paraíso, onde ele tinha tudo. 

Lugares seguros não garantem vitória ou segurança. Não é porque você está no “palácio” que significa que está protegido e que no deserto significa que está na  ruína.

Palácio não significa segurança. Deserto não significa fracasso. Deus quer fazer algo novo na sua vida todos os dias. Mas para Ele fazer algo novo, algo velho precisa ser deixado para trás.

Ele quer fazer um rebento nascer em você. Rebento é um galho novo que brota. Um fruto novo que surge e, muitas vezes, de onde você nem imagina. Então corramos com paciência a carreira que nos está proposta (Hebreus 12:1).

Oremos:

Senhor Deus e Pai do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, obrigado pelo Teu cuidado nos desertos da vida. Ajuda-nos a lembrar dos Teus livramentos e perceber Tua mão poderosa mesmo quando não entendemos. 

Dá-nos força para soltar o que é velho e receber o que é novo. Que possamos correr com paciência a carreira que nos está proposta, confiando no Teu amor e na Tua fidelidade. Em nome de Jesus. Amém.