A lâmpada e o deserto


“É no momento das trevas do deserto que mais necessitamos da lâmpada, que é a nossa fé em Cristo Jesus”, pastor Fábio Saraiva


Maiara Pires

“Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas” (Mateus 25.4).

O que você faz quando se encontra em completa escuridão? Imediatamente, você busca o primeiro objeto de que se lembra que pode projetar luz, não é mesmo? 

Pode ser a lanterna do celular, uma simples lanterna, uma vela ou aquelas lamparinas. Agora, imagine se não tivesse esses objetos por perto. Decerto, você iria andar apalpando e correndo risco de tropeçar em algo que não estivesse vendo. 

Assim como, eventualmente, nos deparamos com a falta de luz e necessitamos de recursos para não ficar no escuro, na vida espiritual também somos apanhados pelas trevas do deserto: 

“(...) Pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai” (João 12.35).

O recurso que precisamos recorrer para não tropeçar é a nossa fé em Cristo Jesus, ensina o pastor Fábio Saraiva. 
"É no momento das trevas que mais precisamos da lâmpada", diz.

Veja só a necessidade de nos mantermos prudentes como, na parábola das dez virgens (Mateus 45.1-13), onde cinco delas, mantiveram o azeite em suas vasilhas para quando necessitassem acender as suas lâmpadas:

“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1 João 5.4). 

Com a nossa lâmpada acesa (fé inabalável) podemos vencer todas as coisas. 

No deserto, não ouvimos a voz de Deus, lá só tem escorpião, serpente e tudo aquilo que nos traz medo, dor e sofrimento, lembra o pastor Fábio. 

Ele diz que é por isso que tem pessoas que acabam dando mais ouvido à voz do inimigo, porque não conseguem se manter confiantes em Deus e nem perceberão a chegada do socorro:

“Porque será como a tamargueira no deserto e não sentirá quando vem o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável” (Jeremias 17.6).

No deserto, Deus fica torcendo, em silêncio, pra você vencer. É lá que aprendemos a viver por Cristo. "A chama tem que estar acesa na perseguição, assim o inimigo não se aproxima", diz o pastor Fábio Saraiva.

A dor é necessária. Cristo enxerga em nós uma joia. Ele considera as coisas que não são como se já fossem. Mas, até que nos tornemos o que Ele vê, precisamos passar pela prova de fogo, a fim de que esta joia seja lapidada: 

“Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1.6-7).

O apóstolo Paulo temia que a igreja de Cristo desse ouvido à voz do inimigo e fosse enganada:

“Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Coríntios 11.3). 

Paulo dizia isso já sabendo a consequência da falta da luz de Cristo na vida do homem: os sentidos ficam corrompidos. 

É quando vamos perdendo a audição (não ouvimos mais a voz de Deus); a visão (não vivemos mais pela fé); o olfato (não exalamos mais o bom perfume de Cristo); a sensibilidade (não sentimos mais o toque do Espírito Santo) e o paladar (não sentimos mais o gosto pela vida eterna). 

E, assim, vamos nos afastando da simplicidade que há em Cristo Jesus.

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