O amor não faz mal ao próximo



Maiara Pires


"Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo" (Tiago 3.1).

Um gesto de amor vale mais do que mil palavras, excede qualquer conhecimento. O apóstolo Paulo declarou que a ciência incha, mas o amor edifica (1 Coríntios 8.1). 

Disse também que, mesmo que ele conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se não tivesse amor, nada seria (1 Coríntios 13.2).

Aos Efésios, Paulo escreveu que orava por eles para que pudessem conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, a fim de que fossem cheios da plenitude de Deus (Efésios 3.19). 

E sabe por que ele orava pelo conhecimento do amor de Deus? Porque esse conhecimento é sublime, excede a sabedoria humana, sabedoria esta que a Bíblia chama de terrena, animal e diabólica (Tiago 3.15).

Paulo rogava para que o amor de Deus fosse revelado por acreditar que esse amor, tem mais capacidade de edificar o homem do que qualquer outro conhecimento que possa adquirir nessa terra. 

Ele orava por saber que “a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia” (Tiago 3.17).

Ou seja, esta sabedoria é totalmente diferente do conhecimento que esse mundo oferece, por mais conceituada que seja a faculdade. Ao contrário, em muitos casos, a formação numa faculdade avulta a soberba.

Aí Tiago vem e diz: 

“Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria” (Tiago 3.13). 

Definitivamente a sabedoria terrena, de longe, desenvolve no ser humano esta mansidão e bom trato que Cristo veio nos mostrar com os seus próprios atos. Na oração sacerdotal, antes da crucificação, Ele rogou ao Pai dizendo: 

“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3). 

Jesus pediu isso para que todos que cressem Nele viessem ser cheios da plenitude de Deus, como frisou Paulo aos Efésios. Tudo isso por um único motivo: porque Deus é amor (1 João 4.8).

Cristo rogou pedindo que Deus fosse conhecido de todos dizendo que isso era a vida eterna. Isto é, o conhecimento do Deus verdadeiro é a vida eterna

Se Cristo estava pedindo que fôssemos cheios da plenitude de Deus, e se Deus é amor, concluímos que Ele estava clamando que fôssemos cheios do amor de Deus.

Então, quem ama, conhece a Deus e já passou da morte para vida, como bem explicou o apóstolo João: 

“Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte” (1 João 3.14). “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (1 João 4.8).

Acerca de conhecimento, Tiago alerta para não sermos mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo (Tiago 3.1). Agora reflita se não é assim no mundo corporativo? Quanto mais conhecimento se tem no mercado de trabalho, maior a cobrança por resultados.

Em relação ao conhecimento de Deus, Cristo tira todo esse fardo, toda essa cobrança que porventura teríamos por conhecê-lo. Mas, como? Com o Seu amor. 

"Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados" (1 João 5.3).

Quem ama, não tem necessidade de se justificar de nada e nem de se preocupar com julgamentos, pois todos os ensinamentos de Cristo serão traduzidos nos seus gestos de amor e não fará mal a quem quer que seja, tomando o devido cuidado com suas palavras, pensamentos, atitudes e sentimentos.

“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Romanos 13.10).

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